quarta-feira, 17 de julho de 2019

Um breve histórico sobre a luta das mulheres: o feminismo.

Movimento sufragista no final do século XIX, Inglaterra.

O feminismo consiste na luta pela igualdade entre homens e mulheres. Apesar da luta feminista ter se expandido no século XX, as primeiras ideias foram concretizadas no século XVIII. Além da reivindicação pela igualdade de direito entre os sexos, inclui-se na pauta da luta das mulheres: o direito a educação de qualidade, o direito da livre associação entre os trabalhadores, a legalização do divórcio e o sufrágio feminino. Estes pontos ficaram conhecidos como a 1°- onda feminina (XVIII/XX).
A seguir pontuaremos uma rápida retrospectiva da luta feminista ao longo da história.
No século XVIII, Olympe de Gouges escreveu um manifesto sobre a igualdade de gênero. Pouco tempo depois Mary Wollstonecreft lançou a obra “A reivindicação dos direitos da mulher”.
Em 25 de março 1911, morreram trabalhadoras em um incêndio em Nova York. No dia 8 de março de 1917 operárias na Rússia fizeram uma greve reivindicando melhores condições de trabalho.

Operárias russas em greve em 1917

Em 1945, Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que homens e mulheres possuem direitos iguais.
Em 1951, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovou a igualdade salarial entre homens e mulheres. Porém, segundo dados do IBGE em 2010, no Brasil, as mulheres ganhavam em torno de 72,3% do rendimento recebido pelos homens na mesma função.
A 2° onda feminista (XX/ XXI), em 1960, marcada pelo slogan “não se nasce mulher, torna-se”. Neste momento, inseriram-se como pauta da luta das mulheres a liberdade sexual, a descriminalização de homossexuais, e a polêmica identidade de gênero.

Em 1968, durante a segunda onda feminista no Brasil, mulheres marcharam à frente de protesto contra a ditadura. Entre elas, Eva Todor, Tônia Carreiro, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara, Cacilda Becker e Norma Bengell.

Em 1977, o dia 8 de março foi declarado o dia Internacional da Mulher. A data serviu para lembrar de todas conquistas sociais, econômicas, culturais e políticas das mulheres em todo mundo, incorporando no imaginário do movimento feminista os fatos de 1911 -o incêndio na fábrica em Nova York; e de 1917 - a greve das operárias russas.
A organização do movimento feminista na cena contemporânea demonstra que as conquistas das mulheres ao longo da história precisam ser consolidadas como direitos adquiridos. Além disso, dados demonstram que o assédio sexual, a violência, o feminicídio e as desigualdades de gênero no mercado de trabalho ainda são obstáculos que persistem.
E quais seriam os desafios atuais da mulher brasileira na luta pela conquista de direitos?
Uma a cada quatro brasileiras é violentada pelo próprio parceiro, pelo menos uma vez na vida. A presença feminina na política é muito pequena, na Câmara Federal cerca de 9% dos deputados federais são mulheres. Estes dados ilustram que apesar de algumas conquistas, para o alcance da igualdade de gênero ainda é preciso de muita luta e sororidade entre as mulheres.

PARA SABER MAIS! DICA DE DOCUMENTÁRIO: "A PRIMAVERA DAS MULHERES".



Socialismo Científico

    No século XVIII, a Revolução industrial abriu espaço para que um pequeno grupo da sociedade que se beneficiava da exploração de outros grupos . E essa situação exploratória caminho para grandes pensamentos e críticas ao capitalismo , onde o socialismo científico desenvolvido por Karl Marx ganhou destaque.

Karl Marx

O grupo explorado na sociedade capitalista, seria a parcela desse povo – os trabalhadores que não possuem propriedades. Devido a essa condição essas pessoas tem que vender sua força de trabalho para manter as condições da própria subsistência e da sua família.
Para isso, destituído dos meios de produção após a Revolução industrial , o trabalhador é obrigado a vender sua força de trabalho para o burguês em troca de salário .

Exploração do trabalho infantil durante a Revolução Industrial XVIII


Karl Marx defendia que o capitalismo havia transformado a força de trabalho em mercadoria , já que o valor gerado ao capitalista é o excedente do que é produzido pelo operário. Essa diferença entre o salário e o lucro foi oque Marx chamou de mais – valia.
 Com a necessidade do operário de vender a força de trabalho para garantir as condições de subsistência, ele acabava se tornando escravo da indústria, da propriedade privada e do próprio salário. Esse afastamento dos meios de produção e do produto final do seu trabalho foi um conceito fundamental para o marxismo, denominado alienação.

Charles Chaplin em Tempos Modernos

Outro pilar do socialismo científico é o conceito de classe social. Marx defendia que o capitalismo havia dividido a sociedade em duas classes, a burguesia, que controla os meios de produção; e o proletário – que vende sua força de trabalho. Esse conceito se torna essencial para explicar a luta de classes, pois com as desigualdades entre classes desenvolve – se partir de um sentimento de antagonismo , exploração e desigualdade de classes.
O socialismo científico desenvolvido por Karl Marx, não foi o única teoria de crítica ao capitalismo a ser de desenvolvida no século XVIII. Claude Henri, François-Charles e Robert Owen que também associavam as desigualdades sociais a propriedade privada. Foram pensadores que discutiam pontos em comum com Marx, mas ele os criticava por os considerar “utópicos”, ou seja , idealistas e irreais.
 O Marxismo atualmente foi demonizado pela sociedade em geral. Porém, apesar da posição política que se assume deve-se ter consciência dos benefícios trazidos por Marx, do entendimento da sociedade capitalista e das desigualdades existentes.